Primeira noite do recém nascido em casa
Primeira noite do recém nascido em casa
Primeira noite do recém nascido em casa
Apesar de já ter aqui uns meninos crescidos, as experiências de sermos mães ficam gravadas no nosso ADN, e uma das experiências que nos marcam é o dia em que saímos do hospital.
De repente, mesmo que durante a estadia no hospital já nos tenhamos apercebido daquele ser que apareceu na nossa vida, o chegar a casa com ele, parece que nos cai a “ficha” de repente, porque aí sim, percebemos que existe alguém na nossa casa, no nosso espaço, na nossa rotina, e que depende de nós. Assim a chegada a casa é um momento, que mesmo sem nos apercebermos nos causa alguma tensão e ansiedade (principalmente no primeiro filho) e sem querer isso passa para o bebé.
E mesmo para o bebé há novos cheiros, novos barulhos, um novo espaço, um berço novo (daquele que ele conheceu no hospital), e isso também lhe traz ansiedade, que se revela muitas vezes por uma noite agitada, não conseguir mamar tranquilamente, ou chora toda a noite.
Assim se passou a primeira noite da minha filhota quando chegou a casa, percebi que estava agitada, chorou a noite toda. A noite seguinte, já foi muito mais tranquila, tanto eu como ela, tínhamos começado a encontrar a nossa rotina e nosso espaço dentro da nossa casa, e para ela, os cheiros e os barulhos também começavam a ser conhecidos.
Três anos depois, chegava a hora de trazer para casa o meu filhote, e eu tinha posto a minha cabeça a pensar como minimizar os efeitos da chegada a casa.
E a dica que vos deixo, que me ajudou bastante e fez com que ele tivesse uma noite tranquila... levei para o hospital duas mantas de bebé, daquelas fofinhas aveludadas (porque ele nasceu em Dezembro, mas existem mantas dentro do mesmo género para o verão, com um tecido mais fresco e mais leve), durante a estadia no hospital, o meu filhote esteve sempre enrolado nessa manta, mamava e dormia sempre enrolado nela.
Ao chegar a casa nas duas primeiras noites e dias mantive-o enrolado na mesma manta. A manta era o seu objecto de transição, o seu objecto de conforto, confiança, que tinha o cheiro que ele conhecia e que lhe dava tranquilidade. E a primeira noite do meu filhote em casa foi sem dúvida muito mais tranquila que a da irmã.
Porque sugeri levar duas mantas? Para o caso de a primeira se sujar com um bolsado, que tenha que ser trocada, assim termos a suplente para entrar em acção e se tornar no seu objecto de transição.